Nouhoum Sissoko, de 21 anos, frequenta aulas de culinária em Arezzo, organizadas pelo sistema de receção da Oxfam. “A culinária italiana é muito difícil de aprender. Demora-se muito tempo até que se consiga cozinhar bem. Em África os homens nunca cozinham, mas desde que saí de casa tive que aprender”, explica.
Nouhoum nunca planeou viajar para a Europa, no entanto, não teve escolha. “No Mali, há muitos problemas e cada caso é diferente. Eu não posso falar pelos outros. Eu vim-me embora porque tinha problemas, se não tivesse, não estaria aqui agora”, diz ele . “O meu objetivo inicial era ir para a Argélia”, mas ele foi assaltado. “Eu queixei-me à polícia. Responderam-me que não me podiam ajudar e, então, decidi vir-me embora.”
Ele pediu asilo em Itália e trabalha muito para se tornar independente. “Estou a aprender italiano e consegui terminar o ensino médio em Itália. Estudei muito e consegui.”